*Marlene Reis
No início do século passado, os estudiosos Henri Fayol e Frederick Taylor realizaram estudos sobre modelo de administração e tornaram-se um dos maiores precursores da Teoria Clássica da Administração, que enfatizava a estrutura das organizações.
Henri Fayol foi um dos primeiros estudiosos a analisar a natureza da atividade empresarial, a formular uma teoria completa de gestão e a definir as principais atividades do gestor dentro das organizações: planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar.
Segundo Fayol, a Administração é uma função distinta das outras funções, como finanças, produção e distribuição, e o trabalho do gerente está distinto das operações técnicas das empresas. Com essa distinção, Fayol contribuiu para que se torne mais nítido o papel dos executivos. Identificou catorze princípios: divisão do trabalho, autoridade e responsabilidade, disciplina, unidade de comando, unidade de direção, subordinação, remuneração do pessoal, centralização, hierarquia, ordem, eqüilidade, estabilidade do pessoal, iniciativa e espírito de equipe. Esses princípios devem ser seguidos para que a Administração seja eficaz, tornando-se uma espécie de prescrição administrativa universal, que segundo Fayol devem ser aplicadas de modo flexível.
Fayol defendia que os mesmos princípios podiam ser aplicados em empresas de diferentes dimensões e de todos os tipos - industriais, comerciais, governamentais, políticas ou mesmo religiosas.
Mas os princípios de Fayol podem ser aplicados a Gestão escolar?
Os gestores podem utilizar os princípios com o objetivo de conseguir a eficiência e a eficácia no processo da Gestão Escolar, tanto na administração material como na humana.
Atualmente, há várias concepções sobre os paradigmas da gestão Escolar sofrendo rápidas mudanças que devemos acompanhá-las, criando e recriando as estratégias para que seja uma evolução de melhoria na qualidade de todos os âmbitos escolares.
Logo, a Gestão Escolar é também uma forma de gerir uma organização educacional através de estratégias e recursos que possibilite a participação, transparência, eficácia, eficiência e efetividade na execução de atividades de forma descentralizada, promovendo assim, a democracia e a responsabilidade de todos que fazem parte da escola.
Mas hoje um dos conceitos de Gestão Escolar extremamente importante é que desejamos uma escola que atenda às atuais exigências da vida social: formar cidadãos, oferecendo a possibilidade de apreensão de competências e habilidades necessárias e facilitadoras da inserção social.
A Gestão Escolar pode ser classificada em três áreas, funcionando interligadas, de modo integrado ou sistemático: Gestão Pedagógica, Gestão de Recursos Humanos e Gestão Administrativa.
Também podemos citar o modelo de gestão democrática que tem como princípios a descentralização, participação e transparência. Assim, todos os componentes devem fazer parte da gestão para as tomadas de decisões, e com isso serem atores atuantes no caminho para o sucesso educacional.
A escola tem papel de garantir que a cultura, a ciência e a técnica não sejam propriedades exclusivas das classes dominantes, desmistificando a linguagem tecnológica e iniciando seus alunos no domínio do manuseio, interpretação, criação e recriação desta linguagem.
A ideia necessária de definir tecnologia e tecnologia educacional surge com o objetivo de subsidiarmos uma maior concentração de significados e significantes.
Para Litwin (2001), tecnologia significa criar, produzir, conceber, dar à luz. Já Lévy (1993) diz que tecnologia é fruto do trabalho do homem para transformar o mundo e é também ferramenta desta transformação.
A tecnologia se constitui como ferramentas, invenções e produções criadas pelo homem com o intuito de facilitar o dia a dia do mesmo no desempenho de suas funções, quer sejam profissionais ou atividades relacionadas ao lazer ou entretenimento.
O enfoque acerca da tecnologia abordada nesta pesquisa é a Tecnologia Educacional, visto que constitui como objeto de estudo identificar a importância da tecnologia no âmbito escolar.
Quanto à Tecnologia Educacional, Maggio (2001) nos fala sobre o estudo como um dos meios geradores de aprendizagem e apresenta citações de alguns autores como López (1994) que aborda a Tecnologia Educacional como aquela que reflete sobre a aplicação da técnica à resolução de problemas educativos, justificada na ciência vigente em cada momento histórico; e Castilho (1990), que afirma ser o estudo científico das práticas educativas, relacionando a técnica e prática baseada no conhecimento científico. Litwin (2001) defende a tecnologia Educacional como corpo de conhecimento que, baseando-se em disciplinas científicas encaminhadas para as práticas do ensino, incorpora todos os meios a seu alcance e reponde à realização de fins nos contextos sócio-históricos que lhe conferem significação.
Por outro lado, a Tecnologia Educacional que reflete sobre a aplicação de técnicas para a solução de problemas educativos procura controlar o sistema de ensino-aprendizagem como aspecto central e a garantia de qualidade, preocupando-se com as técnicas e sua adequação às necessidades e à realidade dos educandos.
O gestor, o professor, os alunos e a comunidade escolar devem estar abertos para as mudanças que estão acontecendo de forma muito rápida, sem deixar de tirar aproveito do que podemos utilizar para uma melhor qualidade de ensino-aprendizagem. Todos que fazem parte da escola, como também do processo de ensino-aprendizagem, têm a necessidade da utilização dos recursos tecnológicos, que são ferramentas produtoras de mais prazer e agilidade na Gestão Escolar, Administração e em sala de aula. Por exemplo, é muito mais interessante um jogo da memória na tela do computador do que em nossas mãos. Entretanto, não é preciso descartar nenhuma das outras possibilidades, porque quando são utilizadas de forma adequada, pode-se obter sucesso em ambas, mas vale ressaltar que o novo é sempre bem vindo e essas mudanças poderão ser mais eficaz.
Assim, é importante identificar as ferramentas que realmente podem ser utilizadas como instrumentos educacionais e avaliar sua aplicação de modo a promover a aprendizagem significativa, crítica e eficaz.
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